2019
2019
Da calma aparente surge uma revolução, da besta surge uma carícia.
Estas figuras são toscas, cyborgs sensíveis incapazes de existir apenas. O seu tacto é sensível, o olfato apurado, a visão de lince. Todos choramos, temos medo, todos desejamos, amamos e tentamos encaixar, protegemo-nos com armaduras que nos isolam, mas caímos na armadilha dessa caixa que nos define.
Que sensibilidade contrúo hoje? Que intimidades vivo? O que pretendo mostrar de mim se sou o primeiro a não saber?
Bisonte é um ringue entre a histeria e a melancolia. Aqui a vida é uma valsa, a dança é coisa de quem quer e o tango dança-se com quantos houver. Uma pulsação persistente marca o passo, ecoam melodias daquilo que é invisível em nós. O género esbate-se e há agora lugar para uma existência mais crua, vulnerável e bela.
— Marco da Silva Ferreira
Direção Artística e Coreografia Marco da Silva Ferreira
Assistência de direção artística Pietro Romani
Interpretação Anaísa Lopes, André Cabral, Duarte Valadares, Eríca Santos, Leo e Marco da Silva Ferreira
Direção técnica e desenho de luz Wilma Moutinho
Desenho de som Rui Lima e Sérgio Martins
Direção musical Marco da Silva Ferreira, Rui Lima e Sérgio Martins
Cenografia Fernando Ribeiro
Figurinos João Rôla
Produção Executiva Joana Costa Santos
Produção Pensamento Avulso — Associação de Artes Performativas
Coprodução Teatro Municipal do Porto, São Luiz Teatro Municipal, Théâtre de la Ville, Charleroi Danse
Residências Artísticas O Espaço do Tempo, Teatro Municipal do Porto, Centro Cultural Vila Flor, Charleroi Danse, Centre Chorégraphique National de Caen en Normandie, La Place de la Danse Centre de Developpement Chorégraphique National Toulouse — Occitane
Apoio Direção Geral das Artes
Agradecimentos Companhia Instável, mala voadora